sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Até ao fim!


Passou um ano, apenas um ano. Muitos meses, visto de fora, mas do lado de dentro, um estalar de dedos.


Sem expectativas e nenhuma intenção de envolvimento, parti na aventura de me juntar aquele pequeno grupo de teatro da escola. A verdade é que nunca ninguém espera grandes coisas destes grupos. Um espectáculo final, sim, no máximo; uma ou outra amizade talvez...mas o que eu encontrei neste grupo foi mais do que qualquer um pode imaginar e ninguém de fora o irá entender.

Já tinham passado alguns meses e dava-me bem com todos, nada de mais. Um bom dia, um olá, talvez um beijinho até, mas nada que ultrapassasse isso. O que aconteceu foi que, de repente, a minha vida mudou.. A pessoa mais importante da minha vida estava agora a mais de 2000 km de distância de mim. Vi-me sozinha e senti que o meu mundo tinha acabado de desabar. Estava revoltada, triste e nada do que podiam dizer mudava o que sentia. Até que um dia olhei realmente para cada cara, cada sorriso, ouvi cada palavra e reparei em cada gesto dos elementos que constituíam o grupo "Os Incógnitos":

Comecei a conhece-los, a conviver com eles, deixei os "olá's" para os abraços e os "tudo bem?" para os "então, o que se passa?" e em poucas semanas eles tornaram-se numa família para mim. 
Sabia que sempre que estivesse com eles os problemas...esses? nem sei o que são...que as diferenças eram bem vindas, que os sorrisos estavam sempre presentes, que os abraços eram genuínos e a falsidade não era bem vinda!
Com eles aprendi que o melhor da vida são as pessoas que passam por nós e a maneira como nos deixa-mos envolver com elas. Aprendi a respeitar, a ouvir, a brincar, a ser feliz, a lutar pelos sonhos, a nunca desistir, a levar as coisas até ao fim...a sorrir
Senti-me sozinha, mas encontrei-os e....sem duvidas nenhumas, foi o melhor que me aconteceu! Sem eles não seria o que sou hoje.


É com tristeza que vejo este grupo desmoronar-se, mas limpo as lágrimas e com um grande sorriso acompanho a criação de um novo grupo.

Obrigada por todas as experiências que me proporcionaram, por todos os ensinamentos. Obrigada por todos os atrofios, por todas as lágrimas e sorrisos, pelo carinho, pela alegria, pela vontade de crer e ser. Obrigada por me levantarem e por me manterem de pé. Obrigada sobretudo por serem as pessoas maravilhosas que são e por terem sido uns irmãos para mim.

Antes com medo de me envolver, agora sem qualquer vergonha de o dizer... EU AMO-VOS INCÓGNITOS!

"Eles são alguém", pensei. Como eu, também eles podiam estar afastados 'do seu alguém', como eu também eles tinham problemas, muitos, mais graves que os meus... Não me limitei a olhar, observei-os e, sem dar por mim, encontrei neles cada bocadinho da minha melhor amiga, aquele alguém que tinha sido separado de mim, o meu alguém