sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Até ao fim!


Passou um ano, apenas um ano. Muitos meses, visto de fora, mas do lado de dentro, um estalar de dedos.


Sem expectativas e nenhuma intenção de envolvimento, parti na aventura de me juntar aquele pequeno grupo de teatro da escola. A verdade é que nunca ninguém espera grandes coisas destes grupos. Um espectáculo final, sim, no máximo; uma ou outra amizade talvez...mas o que eu encontrei neste grupo foi mais do que qualquer um pode imaginar e ninguém de fora o irá entender.

Já tinham passado alguns meses e dava-me bem com todos, nada de mais. Um bom dia, um olá, talvez um beijinho até, mas nada que ultrapassasse isso. O que aconteceu foi que, de repente, a minha vida mudou.. A pessoa mais importante da minha vida estava agora a mais de 2000 km de distância de mim. Vi-me sozinha e senti que o meu mundo tinha acabado de desabar. Estava revoltada, triste e nada do que podiam dizer mudava o que sentia. Até que um dia olhei realmente para cada cara, cada sorriso, ouvi cada palavra e reparei em cada gesto dos elementos que constituíam o grupo "Os Incógnitos":

Comecei a conhece-los, a conviver com eles, deixei os "olá's" para os abraços e os "tudo bem?" para os "então, o que se passa?" e em poucas semanas eles tornaram-se numa família para mim. 
Sabia que sempre que estivesse com eles os problemas...esses? nem sei o que são...que as diferenças eram bem vindas, que os sorrisos estavam sempre presentes, que os abraços eram genuínos e a falsidade não era bem vinda!
Com eles aprendi que o melhor da vida são as pessoas que passam por nós e a maneira como nos deixa-mos envolver com elas. Aprendi a respeitar, a ouvir, a brincar, a ser feliz, a lutar pelos sonhos, a nunca desistir, a levar as coisas até ao fim...a sorrir
Senti-me sozinha, mas encontrei-os e....sem duvidas nenhumas, foi o melhor que me aconteceu! Sem eles não seria o que sou hoje.


É com tristeza que vejo este grupo desmoronar-se, mas limpo as lágrimas e com um grande sorriso acompanho a criação de um novo grupo.

Obrigada por todas as experiências que me proporcionaram, por todos os ensinamentos. Obrigada por todos os atrofios, por todas as lágrimas e sorrisos, pelo carinho, pela alegria, pela vontade de crer e ser. Obrigada por me levantarem e por me manterem de pé. Obrigada sobretudo por serem as pessoas maravilhosas que são e por terem sido uns irmãos para mim.

Antes com medo de me envolver, agora sem qualquer vergonha de o dizer... EU AMO-VOS INCÓGNITOS!

"Eles são alguém", pensei. Como eu, também eles podiam estar afastados 'do seu alguém', como eu também eles tinham problemas, muitos, mais graves que os meus... Não me limitei a olhar, observei-os e, sem dar por mim, encontrei neles cada bocadinho da minha melhor amiga, aquele alguém que tinha sido separado de mim, o meu alguém

terça-feira, 4 de outubro de 2011

'Rain makes everything better.'

RainyMood.com: Rain makes everything better.
A melhor altura para pensar..o melhor som para servir de banda sonora a um pensamento..
Saudades destes dias..volta chuva pfv

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A primeira vez depois de muitas..

Aquela tarde em tua casa, uma tarde que a inicio parecia ser como qualquer outra, sentados no sofá a ver um filme, aos empurrões e com brincadeiras, a atirar pipocas um ao outro e com beijos suaves pelo meio, tudo indicava ser uma tarde como as outras. Mas desta vez, não estava ninguém em casa, era-mos apenas tu e eu..
O filme era assustador, e a certa altura foi mais forte do que eu...nunca tinha-mos tido uma relação de muitos afectos, mas naquele momento não consegui evitar, agarrei-me a ti como nunca e tu, surpreso, não fugiste como eu esperava, suspiraste e puseste os braços em volta de mim. Soube tão bem..em 3 meses de namoro, aquela parecia ser a primeira vez que me abraçavas. O bater do teu coração era intenso e o teu calor corporal confortava-me. Deste-me um beijo na cabeça, algo que nunca tinhas feito, e soube melhor do que qualquer outro beijo que me tivesses dado..aquele beijo não era apenas um beijo de um gajo pronto a comer a namorada, não, aquele beijo era carinhoso, e despertava em mim emoções e pensamentos que nunca tinha tido.
Foi então que a tua mão desceu pelo meu braço e agarrou a minha, entrelaçando os teus dedos nos meus, nunca o tinhas feito, e parecia tão mágico.
Viraste-te para mim e beijaste-me, com tanto fervor, com tanta paixão, como se fosse a ultima vez que nos beijássemos, e levantaste-te em seguida. Procurei o teu olhar mas não o encontrei, estavas de costas para mim, levantei-me e fui ter contigo, pus as mãos à tua volta. 'Não sei o que me está a acontecer', foi o que me disseste, gelei sem saber o que fazer e afastei-me quando tu tiraste os meus braços de teu redor. Viraste-te, agarraste-me na cara com as duas mãos, 'Amo-te'. Nunca me tinhas dito tal coisa. Os meus olhos iluminaram-se e o meu coração acelerou. Não conseguia pensar em nada, queria dizer que te amava mas não queria que soasse a retribuição, segui o instinto e beijei-te como nunca. Retribuíste e em segundos estávamos enrolados. Não era a primeira vez, mas as tuas mãos percorriam o meu corpo como nunca haviam feito, os teus lábios beijavam-me como nunca, tudo parecia perfeito. Daquela vez não estávamos apenas a fazer sexo, fazíamos amor...e tudo em ti o ditava. Eras intenso no que fazias e suave ao mesmo tempo, apaixonante e cada gesto parecia uma declaração de amor. Tudo era diferente das outras vezes, desta vez senti que tinha um namorado, e não apenas um gajo com quem ia para a cama quando me apetecia.
No fim, encostaste-te a mim e entrelaçaste de novo os teus dedos nos meus. 'Amo-te' consegui finalmente dizer. 
'Pensava que eras apenas uma miúda, enganei-me, és a minha miúda', disseste-me olhando-me nos olhos. Aproximaste-te do meu ouvido e sussurraste-me 'Quero passar o resto da minha vida a teu lado'. 

Mais que amigos, uma família..

Dez dias que passaram rápido demais, dez dias acompanhada pelas melhores pessoas.
Em cada um de vós uma estrela brilhava e em cada momento que passávamos juntos o meu objectivo ganhava mais força, mas a razão pela qual tinha vindo perdia importância, dando lugar à vontade de querer estar com vocês, de ansiar para voltar para vosso lado.
Ganhei uma família em tão pouco tempo e aprendi mais do que na escola. A vossa força de querer viver, de querer vencer inspira-me. A vossa maneira de encararem as coisas, de viverem uma vida que não sonharam e de se esforçarem para a tornar na que vão desejar, fascina-me, e o brilho nos vossos olhos quando contam a vossa historia, mesmo sendo difícil, transparece orgulho por terem chegado onde estão e vontade de serem melhores. Percebi que a vida não é fácil e que nem sempre nos sorri, mas que cabe a nós torná-la melhor dentro das possibilidades, porque nada nos limita, apenas nos encoraja a querer ser melhor! 
Agradeço a todos os que fizeram parte desta experiência comigo, marcaram-me, nunca vos esquecerei! Num dos momentos mais difíceis foram vocês que me apoiaram, muito obrigada! 

domingo, 28 de agosto de 2011

Here

A dark black bird passed by my window and with him, a shiver passed through my body. It was so fast that I didn't have time to think, to breath...but then came a ray of light and I realised that it was  a sign..you were here, for the best and the worst, forever on my side.

sábado, 27 de agosto de 2011

Contigo sim!

O vento solta o meu cabelo e trás murmúrios da tua voz. Pequenos ruídos, em que apenas uma palavra parece tanto e em que apenas o som do teu riso me conforta como nunca. Simples imagens tornam-se história, recordações. Situações que deixam de ser estranhas e se tornam familiares. Momentos em que um sonho passa a ser uma idealização e em que já não há nada que nos impeça de o concretizar. O tempo sara as feridas ou anestesia-nos contra a distância, trazendo o melhor de si..os sonhos. Agora, as lágrimas dão lugar aos sorrisos..o pensamento positivo permanece e a ansiedade de te ver, cada vez é mais intensa. A luta é constante, o destino és tu. A viagem é merecedora de investimento e não tem lugar para desistentes, por ti tudo vale a pena. Não precisamos de muito, apenas de nós, e com isto somos felizes.
P.s: Omg, omg, omg, gosto tanto de ti!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pôr-do-Sol

Há sempre uma primeira vez para tudo e como sempre, queremos que essa primeira vez seja com alguém especial e que seja perfeita. O problema é que nem sempre nos aparece esse alguém e nem sempre tudo é perfeito.
Esta primeira vez foi perfeita, talvez não com a pessoa sonhada, mas mais tarde desejada. Apenas um amigo, mas uma muito boa companhia. 
Naquele momento tudo foi perfeito. A vista era linda, o céu de perder de vista e o sol do mais magnifico que alguma vez vira. 
Entre conversas e desabafos, sonhos e idealizações, todo aquele momento se tornou o ideal.
Não podia ter sido melhor. Aquele sol, aquele pôr-do-sol, foi o primeiro que alguma vez vira e foi simplesmente mágico. As nuvens no céu pareciam dançar como nunca, fofinhas e apetecíveis. Todo aquele 'quadro' parecia sagrado. Os raios de sol manchavam o céu de uma cor linda, passando por cima das nuvens e iluminando todo aquele azul.. Tudo parecia simples, puro e inocente. Cada pequeno pássaro que voava por cima da minha cabeça, era invejado por mim, e desejado por ele. Cada rajada de vento despenteava-me como nunca e eu não me sentia incomodada, sentia-me livre e estranhamente reconfortada. Os meus olhos brilhavam em cada raio de sol que via e sem me aperceber, dei por mim a desejar que aquela sensação e aquele momento nunca acabassem. Senti-me feliz, uma felicidade genuína e uma alma que deixou de estar vazia e sozinha. Desta vez não eram as estrelas que me acompanhavam, mas sim ele.

domingo, 7 de agosto de 2011

Brilha*

À janela tudo parece nosso, todas as luzes que iluminam uma cidade parecem simples pontinhos brilhantes. Pontos esses que iluminam o nosso olhar numa noite escura, em que nem uma estrela está à vista no céu. 
Esta noite não há estrelas, ou pelo menos eu não as vejo. Não sei se é apenas do reflexo da luz dos candeeiros ou se são as nuvens que não permitem que as veja, mas uma coisa é certa, por alguma razão eu as procurei hoje, e senti-me vazia por não as encontrar. As minhas companheiras de todas as noites, aquelas que me acalmam e me aconchegam, desta vez não o fizeram, por isso, tentei procura-las noutro sitio. Em alguém. Alguém que me anima e alegra, alguém que é de facto a minha estrela e que no fundo,  percebo que é nela em quem penso quando procuro com todas as forças uma estrela no céu.
Hoje a noite está triste, não vejo a lua, nem as estrelas...apenas luzinhas por baixo da minha janela. Luzes que iluminam o caminho de alguém, enquanto eu admiro o seu brilho.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pinta!

Queria poder rabiscar tudo. Pintar por cima de tudo num tom que ninguém conseguisse descobrir. Queria não ter medo de enfrentar o que aí vêm e deixar de me esconder atrás da máscara que não é nada mais do que uma fachada. Queria não sentir o que sinto. Queria sentir mais do que sinto. Queria ser merecedora de dedicação e não de abandono. Mas o que vale querer se não nos esforça-mos para o ter? Ou se nos desculpamos com histórias passadas? A vida é presente. Presente é agora, não ontem nem amanhã. 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Stronger

(mensagem em branco)

'Está um céu lindo, cheio de estrelas que irradiam um brilho quase tão poderoso como o do teu olhar. Os foguetes invadem o escuro, dispersando-se em inúmeras cores, como se te pintassem, de forma sem igual. Está uma noite perfeita, és o meu pensamento.'
Há coisas que não merecem palavras ou comentários, apenas sorrisos e esperanças. Um brilho nos olhos chega e contenta qualquer um, até um sorriso nos satizfaz após uma 'discussão' que nos magoa. No fim, já nem a mágoa fica, porque não há razão para ficar, tudo de bom se sobrepõe e tem mais força que tudo o resto.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Rapsódia de cores..

Mergulhei no teu mundo e descobri uma quantidade de cores que não imaginava que existissem. Todas elas me sorriam e transmitiam uma sensação de calor. Aquela sensação de protecção e de carinho que uma mãe nos dá, uma amiga, um namorado...aquela sensação que enquanto a temos desejamos que não acabe e que depois desta acabar, desejamos voltar a tê-la. 
Tudo o que se passava nele me lembrava apenas uma coisa...o fundo do mar. Aquele que eu tanto medo tenho e que por ter tanto pânico, cada vês me fascina mais e me torna mais curiosa em conhecê-lo. Assim como tu.
Uma rapsódia de cores e movimentos, onde todos são um e onde apenas um pode fazer a diferença. 
O azul tão presente nesse mundo torna-te uniforme por fora, pois preenche todas as mossas e esconde aquela pessoa que é tão maravilhosa e que poucos conhecem. Todos te vêem com apenas uma cor. Eu antes via-te com azul, uma cor que me fazia lembrar o céu, os sonhos, a calma, o infinito, o 'não ter limites'..agora vejo-te colorido, porque descobri-te, a ti mesmo, não à mascara que todos os outros pensam conhecer.
O melhor disto tudo é que consegui mudar-te de alguma maneira..não no mau sentido, porque na verdade eu não pretendia mudar-te, apenas encaminhar-te, só que agora não estou aí e apercebo-me que escolhes o caminho errado. Não sei o que fazer. Contigo tudo parece irreal, e voltar à nossa história magoa-me, mas é a única maneira de te ajudar. Marcaste, mas passou. Tento repeti-lo para mim, na esperança de me convencer a mim própria que o que digo é realmente verdade, mas não me consigo soltar e nunca conseguirei...porque afinal, o primeiro amor nunca se esquece. 
Sempre foste um dos meus melhores amigos, peço-te que me oiças.
Continua a ser o enorme e tão colorido oceano que eu via em ti, não deixes que este desapareça, não sejas aquele que todos vêem, sê aquele que queres ser.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Foge comigo

Tu que és um estranho e desconheces a minha identidade, parte na aventura de me conheceres, compra um bilhete de avião de ida comigo e foge. Corre o mundo à minha procura e persegue-me até mais não, voa em céus infinitos, percorre terras inacabáveis e navega oceanos intermináveis. Procura-me, ganha forças para tal, seja quem tu fores aparece sem aviso e bate-me à porta, de malas feitas, beija-me e diz-me 'quero ficar contigo', sê honesto, sê sincero, respeita-me a cima de tudo e não deixes morrer a paixão. Sê querido mas não demais, sê tu e conquista-me. Cavalga até mim, mas por favor, não num cavalo branco, é simplesmente comum de mais. Sê herói e vilão, salva e põe em perigo, sê humano, porque alguém perfeito é demasiado monótono, pelo menos nos requisitos de perfeição de todos os outros. Sê diferente mas ligeiramente igual, sê único à tua maneira e descobre a magia que dança em volta de nós. Aquece-me o coração e arrefece-me a cabeça, cuida de mim. Olha-me nos olhos e diz que sentiste a minha falta, como se já nos conhecesse-mos há tempos, diz que me amas ou que me podes vir a amar.
Admite que o melhor é o desconhecido, mas também o mais assustador. Chama-me doida por querer ser e fazer tudo nesta vida, acusa-me de ser parva por não o fazer, mas foge comigo.

domingo, 17 de julho de 2011

Porque eu vou estar sempre aqui.


Para os que fizeram, fazem e venham a fazer parte da minha vida, obrigada, porque eu sei que vão estar sempre aqui, como também eu estarei. Melhor amiga, obrigada <x3

Cresce..mas mantêm o espírito

Quando crescemos e chegamos a uma certa idade, todos dizem para nos comportarmos como crescidos, porque já temos idade para isso. Mas então eu pergunto, desde quando é que são apenas algarismos que ditam a nossa vida? Que eu saiba não são eles que nos caracterizam. Mas porquê crescer? Crescemos em corpo, crescemos em mentalidade, mas e de espírito? Porque nos pedem para crescer? Nós já somos crescidos o suficiente, porque nos pedem para abandonar a nossa infância e o nosso mundo coberto de cores para passarmos a viver no deles, cinzento e sem verdadeiros sentimentos? Qual é o mal de não crescermos? Se crescemos em espírito torna-mo-nos chatos, cansados, sem paciência, apenas mais um a viver na monotonia. 
Quando passeio na rua vejo adultos e crianças, estas correm, gritam, rebolam-se pela relva, estatelam-se no chão, saltam, riem, choram, vivem no seu mundo que poucos conhecem mas que todos podem entrar, são felizes à sua maneira, mas quando olho para os adultos vejo-os medir as palavras, os actos, os gesto, vejo-os tentarem não fazer figuras e não passar vergonhas, vejo-os calados e a falar num sussurro, vejo-os a andar quase como mecanizados, vejo-os infelizes...
Não percebo qual é o mal de de vez em quando, já nem digo sempre, evocar-mos a nossa criança interior. Tantas vezes que me apetece andar descalça e sentir a relva nos pés, de andar de baloiço, de correr estrada fora sem saber onde vou dar, de gritar ao mundo que amo aquela pessoa, de cantar alto, de dançar no meio da rua, de dizer olá a todos os desconhecidos que por mim passam...mas só me dizem 'Maria Inês, comporta-te'. Como querem que cresça e que respeite o que me foi incutido se nunca se deram ao trabalho de tentar pelo menos conhecer o meu mundo? No meu mundo todos somos livres, todos podemos fazer o que nos apetecer e está aberto a todos, apenas têm de me tentar conhecer e merecer por isso.
E então grita, corre, salta, faz o que outros dizem ser vergonhoso (com limites, claro), voa à tua maneira, viaja por países, por mundos, pinta com as mão e lixa-te para os pincéis, escreve com caneta, esborrata e volta a tentar, constrói aviões de papel e atira-os da janela, avança contra as ondas vestida, anda de patins dentro de casa, atira-te dum avião e faz queda livre, põe musica aos altos berros e liberta-te, grita da janela que o mundo é teu, sobe ao terraço e sente-te livre, parte pratos para afastar a frustração, queima papel para te acalmares, abraça quem te apetecer, beija quem tiveres de beijar, anda à chuva sem o medo de te constipares, caga para o que os outros pensam e faz o que tu queres...resumindo, luta, tenta, esforça-te e faz tudo o que tenhas para fazer enquanto podes, sê feliz porque a felicidade não é para todos, só para quem a procura!

sábado, 16 de julho de 2011

Estás mais perto do que pensas*



E quando estiveres sozinha, fala com as estrelas, com a lua, e eu estarei do outro lado a ouvir-te, porque a coisa que todos temos em comum é o céu, e todos estamos mais perto do que pensamos (:

A despedida.

Doeu...doeu muito ver-te ir, doeu ver-te chorar compulsivamente nos ombros de outras pessoas e no meu, doeu aquele abraço, aquele abraço que desejei que nunca acabasse, doeu aquele x que desenhaste no meu coração, doeu, doeu muito, mas estive contigo e isso foi o melhor de tudo, saber que me querias lá, saber que estive lá no  pior momento de todos...a despedida.
Doeu ver a tua mãe a remoer-se por dentro com um ar de culpa, doeu ver o teu irmão a afastar-se daquilo tudo...mas pior que isso, doeu ver-te a ti, perdida em lágrimas, completamente desesperada e assustada. Não podia fazer nada, só queria chorar e abraçar-te e sentia-me tão impotente ali e já tão só, sabendo que não estarás cá para me abraçar. Mas...fiquei feliz sabes? Fiquei feliz porque percebi que tens amigos que gostam realmente de ti, uma enorme comitiva que esteve ali contigo a amparar-te e a despedir-se, um grupo de amigos que eu tenho a certeza que não perderás.
Como tu disseste, foi doloroso, mas foi importante para mim, foi importante para mim saber que me escolheste para ultimo, que me abraçaste em ultimo, como se fosse a ultima pessoa que te abraçava e que o abraço lá ficava, porque os últimos são sempre os primeiros e eu senti-me assim, importante. 
Sei que foi muito doloroso para ti, tanto que nem te viraste para trás quando te foste embora. Eu senti a tua dor e só quero que saibas que vou estar aqui.
Sei que vais conseguir ser feliz, com a ajuda de todos, o apoio do teu irmão, da tua mãe, dos teus tios, dos teus amigos e sobretudo de mim, vais conseguir superar esta fase e habituares-te. 
Pensa para cima e olha em frente, todos estão aqui contigo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Com esperança...Até logo.

Aquela mão que percorria os traços do meu rosto fazia-o com a maior delicadeza, quase como se eu fosse de cristal. Os teus olhos agarravam-se cada vez mais a mim, num olhar de tristeza e medo. O teu cabelo estendido ao longo da almofada sussurrava carinho. A tua respiração pedia ajuda e debatia-se contra o choro. E tudo em ti desejava que aquilo fosse apenas um pesadelo. 
Um silêncio por vezes diz muito, mau ou bom, diz muito, e podemos dizer que os nossos silêncios são preciosos. Basta um olhar para percebermos que ambas temos medo, que ambas desejamos ficar, que ambas estamos perdidas, que ambas queremos chorar, que ambas nos amamos. 
Falo por mim, uma voz só no meio de um sussurro infinito, a voz que é tua por direito e será sempre. Uma voz que diz que te ama, que és o seu orgulho, que és simplesmente tudo, a sua princesa, o seu anjo da guarda, o seu mundo, que garante e promete que nunca te deixará e que cumprirá tudo o que prometeu. 
Assim como a noite sem a lua e as estrelas seria só, escura, feia, essa voz sem ti seria o mesmo. 
Agora que nos impõem esta barreira só temos de a derrubar, de mãos dadas, como uma só, uma alma, um sorriso, uma lágrima, um abraço, um olhar, pois isso basta-nos para ser-mos uma.
Neste mundo todos são estranhos, todos são frios, todos são alguém. Nós somos nós, orgulhosas por passar-mos despercebidas e ser-mos ninguém, porque ninguém é perfeito e tu és simplesmente perfeita.
Encontrei-te enquanto uma guerra eclodia dentro de mim. Num momento era apenas um alguém que ninguém via e noutro, olhei em frente e aquela luz sorria-me, calorosa e familiar, vinda de não sei de onde...aquela luz eras tu, que em segundos me pôs em paz e iluminou o meu coração. Agora iluminas o meu caminho, guias-me, proteges-me. 
O bater do teu coração anuncia a tua chegada, garante a tua presença e acalma em minha protecção. Esse som é o som das estrelas, aquele que me faz lembrar de não me esquecer de todos os pp's, aquele que silencia o meu medo e acalma o meu pânico de te perder. Aquele que agora me encoraja em não ter medo de te desiludir, aquele que me garante que não és como todos os outros, aquele que me acorda quando eu penso o contrario.
O brilho dos teus olhos reflecte tudo o que admiro...tu. As estrelas consolam-me quando não o posso ver, e sussurram-me aquele bater de coração que tanto me acalma. O vento solta uma brisa relembrando-me do teu cheiro. A chuva lembra-me as lágrimas que derramaste não só por mim, mas por tudo e todos, essas lágrimas que se tingiram na noite e se tornaram em suspiros.
Os vídeos fazem-me soltar risadas intermináveis e sorrisos inacabáveis. 
Deixaste um pouco de ti em tudo o que percorreste e em mim, foi uma grande parte. Continuarás a marcar e a fazer-me mossas que são tão importantes quanto tudo e isso é o que me deixa mais feliz, porque nunca iremos ter um ponto final, apenas virgulas, e faremos de tudo para prosseguir com o tal texto corrido.
Pois isto não é um adeus, não é uma despedida...é apenas um até já.
Porque para sempre é para sempre, sem interrupções a meio.
Amo-te.
Sempre, Sempre?
Sim, Sempre!     

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Perdoo-te

Eu perdoo-te. Perdoo-te porque errar é humano, perdoo-te porque em tempos foste um alguém muito importante na minha vida e guardo a esperança de que o venhas a voltar a ser. Perdoo-te correndo o risco de cometer mais um estúpido erro de te perdoar. Perdoo-te porque não sou como tu. Perdoo-te porque sei que se não perdoasse viveria a pensar no que teria acontecido se o tivesse feito. Perdoo-te pela última vez, pois já não tenho dedos para contar as vezes que erraste comigo, que desististe de mim, perdoo-te porque para a próxima não quero nem voltar a ver-te!

Pontos..

Um círculo é apenas uma linha recta que não saí do sitio, que não ambiciona nada e se deixa levar em voltas e voltas sem se aperceber de que irá dar sempre ao mesmo, unindo-se sempre naquele exacto local. Tu és um círculo. Antes não...antes eras uma linha recta, sem inicio, sem fim, apenas com um percurso pelo meio, cheio de histórias para me contares e com os teus braços prontos para me aconchegares. Agora não, agora és um círculo monótono e sempre igual, atrás do que lhe dizem, atrás de quem te desenha e te faz depender dele. Talvez antes também fosses um círculo. Talvez não tenhas sido tu a mudar, talvez tenha sido eu a perceber que uma linha recta é apenas um conjunto de pontos que não conseguem suportar um simples desenho.

sábado, 25 de junho de 2011

Uma noite...e apenas musica..

Entrei no bar e lá estava ele, sereno e distante, apaixonante e misterioso. O seu olhar percorria-me o corpo como se me despisse. Aproximei-me. Ele continuou a olhar e agora conseguia ver o fogo naqueles olhos de uma cor tão intensa. A musica estava alta e cada vibração do seu som entrava no meu corpo como um espasmo. Ele poisou a bebida e tirou-me a madeixa de cabelo que me tapava os olhos. Por segundos pareceu um adolescente apaixonado admirando a sua musa. Deixou cair a mão percorrendo o meu braço até chegar à minha mão. Foi aproximando a cara até que parou a poucos milímetros da minha, sentia a sua respiração e o cheiro que dele emanava era forte e explosivo, despertando em mim uma sensação que nunca antes tinha tido. O seu nariz roçou na minha face e os seus lábios percorreram o meu pescoço. Automaticamente a minha mão travou o seu corpo, estabelecendo um limite entre nós. Ele olhou para mim e eu sorri-lhe, num jogo de sedução, e comecei a caminhar para trás. Ele agarrou-me no braço e olhou-me, olhei-o também e ele largou-me. No meio da multidão ia caminhando e dançando. Abordada por uns quantos homens, ignorei-os e continuei o meu caminho. Olhei para trás, ele seguia-me...acabava de entrar num jogo que não sabia no que iria dar. Continuei a andar até chegar ao fim: uma parede dourada, que se deparava perante mim impedindo o meu avanço. Em segundos já ele me tinha alcançado. Virada de costas para ele, vi a sua mão encostada à parede e senti a sua respiração ofegante no meu ouvido. A sua outra mão que estava livre agarrou-me na cintura e, num movimento tão rápido que nem eu me apercebi, virou-me de maneira a ficar de frente para ele. O meu braço estendeu-se novamente, mas desta vez ele agarrou-o e aproximou-se ainda mais. Agora os nossos corpos tocavam-se e eu conseguia sentir o seu ritmo cardíaco. A sua boca percorreu o meu pescoço até chegar aos meu lábios, beijando-os de uma forma única, apaixonante e cuidadosa, exasperante e gentil, explosiva e calma. E em seguida sussurrou-me algo ao ouvido: 'Como te chamas?'. Afastei a minha cara da dele e olhei-o nos olhos. Aproximei-me dele, dei-lhe um suave e subtil beijo, e sussurrei-lhe ao ouvido: 'Em breve saberás', e afastei-me. Ele segui-me com os olhos e voltou a seguir-me, mas em rápidos segundos já eu tinha desaparecido no meio da multidão.    

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Estrelas, o que são afinal elas?


Na minha opinião, as estrelas não são apenas grandes bolas de ar quente que se incendeiam a uma distância de milhões de anos luz de nós, são grandes companheiras à noite para alguém que tem em que pensar e não sabe como o fazer. Acabam por ser melhor companhia do que um alguém...põem-nos a pensar, 'obrigam-nos' a falar connosco próprios, mas deixam-nos sozinhos, algo que precisamos, estando sempre a nosso lado. De facto é algo contraditório, mas é apenas um ponto de vista.. As estrelas iluminam a noite, a escuridão, e por isso, acabam por nos iluminar também, guiando o nosso pensamento e abrindo-nos caminhos, libertando-nos a mente, ou às vezes, proporcionando-nos apenas um momento de prazer. Para mim, as estrelas são como melhores amigas, que me ajudam bastante nos momentos maus, e que sei que irão estar sempre lá.
Porque não experimentam falar com elas? Talvez percebam o que digo, ou talvez não, mas não custa tentar..afinal, a nossa história passa pela experiência de tudo o que conseguirmos ter...porque não?

Vai caminhando, volta voando (:

Em cada momento que passo contigo o meu coração reconforta-se cada vez mais, em cada olhar a minha alma renasce e em cada sorriso a minha vida tem mais sentido. 
Parece impossível, mas quantos mais momentos temos mais eu sinto a tua falta, mais eu me agarro a ti com todas as forças para que não me deixes, mais eu acredito que estas são aquelas saudades impossíveis de matar, pois quanto mais nos esforçamos para que elas desapareçam, mais elas nos invadem o coração.
Sinto-me como se estivesse a viver os últimos meses da minha vida, a esforçar-me para ser o mais feliz possível neste tempo que me resta, a aproveitar ao máximo e a tirar proveito de tudo o que possa. Mas a verdade é que por muito que nos preparemos não há preparação possível
Em cada palavra tua existe um som de despedida, em cada olhar teu existe uma força apaixonante, em cada movimento e gesto teu sigo um rasto de saudade. Esforço-me para me relembrar do teu cheiro, aquele aroma que te anuncia sempre que te abraço, esforço-me por relembrar na minha mente todas as tuas palavras, ou apenas o som da tua voz a sussurrar-me ao ouvido um 'amo-te', um 'gosto muito de ti', um 'estúpida', em sonhos vejo a tua mão entrelaçada na minha, ou sinto o teu nariz a dar marradinhas na minha mão...e aí percebo que estou apenas a guardar todas as recordações que possa, para que nunca me esqueça de ti... preparo-me para uma despedida que deveria ser um 'até já' mas que ambas sabemos que provavelmente não será. 
Das vezes em que adormeces ao meu colo ou apenas a meu lado, os meus olhos não resistem a admirar-te, na minha mente apenas ouço duas palavras: 'fica comigo', e não resisto a afagar-te o cabelo, a dar-te a mão, a dar-te um beijinho, a continuar a pedir-te que não me deixes, a chorar e a morrer por dentro...naqueles momentos somos só tu e eu, mais nada nem ninguém existe e o tempo pára, pelo menos na minha mente, com o objectivo de aumentar o tempo que nos resta.
Todas as noites me empoleiro à janela e peço às estrelas que não te levem, que te deixem comigo, e em cada uma delas vejo um sorriso teu, uma expressão tua, em todas elas vejo os teus olhinhos a brilharem quando prometemos algo uma à outra, em todas elas eu vejo a tua reacção quando ficas sem palavras, em todas elas oiço o teu silêncio e todas elas me garantem que nada disto é o fim, mas apenas uma fase.
Mas de dia, de dia tu NÃO és UMA estrela, tu és A estrela, aquela maior que o próprio sol que ilumina toda a minha vida, és o meu pozinho mágico que me faz voar e sonhar, que me faz nos maus momentos ir mais além, percorrer mundos sem fim, voar em céus infinitos, correr em terras inacabáveis e navegar em mares distantes.
Não quero que vás, sei que tens de ir, não posso fazer nada, AMO-TE.
Contigo encontrei o verdadeiro significado de amizade, compreendi o que significava o amor, 'aquela palavra que tanta gente dá em troca de quase nada', porque o meu nada és tu, o meu nada é o meu tudo, o tudo que me da força para continuar a lutar, porque tu és TUDO na minha vida e és tu quem lhe dás significado, porque tu és parte de mim e eu nunca desistirei de ti, e sei que vamos ultrapassar isto, não, eu tenho a certeza que vamos VENCER isto, e no fim, estaremos mais fortes do que nunca, porque aquele X no teu coração é o símbolo disso tudo.
Vai caminhando, volta voando e eu estarei cá para te receber. Apoio-te em tudo, não te deixo em nada, porque 'no matter what' eu estarei a teu lado
Não te arrependas, vai e trata de ser feliz, estarás sempre no meu coração assim como eu no teu, eu sei que sim.
AMO-TE PARA SEMPRE!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sempre, sempre? Sim, sempre!

O dia resplandecia alegria e em todos os raios de luz que iluminava a sua cara, Diana sentia uma réstia de esperança a emanar-lhe a alma. Era segunda-feira e, como primeiro dia de semana, apenas esperava que a ultima aula de filosofia chegasse e anunciasse o fim do dia, para poder ir assim para casa descansar.  

Pronta para ir para casa, levou antes a sua melhor amiga Carol e a sua amiga Anita à paragem de autocarro e à estação.

Diana sentia-se agora intrigada. Na noite passada, Carol tinha-lhe mandado uma mensagem a dizer que precisava de falar com ela cara-a-cara. Parecia importante, e com todos aqueles 'por favor, não te esqueças que te amo', 'és a minha melhor amiga', 'nunca te deixarei', Diana desconfiava que algo não estava bem. De alguma forma aquilo parecia uma despedida, mas tentava que esses pensamentos não vagueassem pela sua cabeça, não conseguia pensar em tal coisa.

Mas no momento em que, já depois de ter apanhado o autocarro, Carol saiu e veio ter com Diana, é que ela percebeu que algo de grave se passava. Carol agarrou-se a Diana como nunca, abraçou-a e começou a chorar. Chorava no seu ombro compulsivamente enquanto tentava falar sem êxito. Diana apenas permanecia quieta a  abraça-la, sem saber o que fazer, sem qualquer reacção, dizendo apenas 'tem calma, vai tudo correr bem'.

Passaram minutos e Carol parou de chorar, sentaram-se num banco e Carol pediu desculpa a Diana...só pedia desculpas, e enquanto o fazia, lágrimas e lágrimas escorriam-lhe pela face.

'Vou para Itália'

As palavras que saíram da boca de Carol, embateram em Diana, de tal forma, que por momentos esta parou de respirar...naquele momento o mundo parou, parou por completo. Diana sentia-se sozinha no mundo, sentia que estava a ser abandonada, que estava a ser deixada para trás. Mil e uma reacções passaram-lhe pela cabeça, desde sair dali a correr, a chorar e a abraçar a sua melhor amiga; mil e um sentimentos passaram-lhe pelo coração, desde tristeza e abandono, a gratidão e felicidade por Carol estar com ela naquele momento e não com outra pessoa; mas apenas uma expressão se mantinha na sua cara: a de um pleno choque.

Enquanto via Carol a chorar e ouvia o que se havia passado para os pais terem tomado essa decisão, Diana pensava na sua vida.

Em tão pouco tempo aquela rapariga tinha-se tornado tão importante para ela, em tão poucos meses o carinho, as palavras, os momentos, os olhares, as expressões, os sentimentos, os gestos e tudo o resto que por elas havia sido partilhado era maior do que tudo o resto que tinha tido com qualquer outro dos seus amigos de longa data. Diana sentia-se perdida, completamente perdida, assustada, sozinha, triste, desesperada...não sabia o que fazer...o que iria fazer sem a sua melhor amiga? Agora que tinha encontrado alguém tão especial não podia deixá-la ir! Não era justo, nada daquilo era justo, porque haveria de estar a acontecer aquilo? E foi então que o seu pensamento foi interrompido por algumas palavras: 'Daqui a 2 meses', 'durante 5 anos'. Foi aí que Diana sentiu o mundo a desabar em cima dela, sim, não desabava sob ela, desabava sobre ela!

Em apenas alguns segundos saiu do seu estado de choque: queria chorar, queria fugir, queria gritar, queria nunca ter de passar por aquilo, mas havia uma coisa que ela não queria...separar-se de Carol.

Abraçou-a, deixou-a chorar no seu ombro, garantiu que nunca a deixaria, chorou com ela, chorou, chorou e chorou, morreu por dentro com aquelas palavras que chegavam a ela como que um embate de um camião, renasceu com os seus abraços, deu-lhe beijinhos, afagou-lhe o cabelo, limpou-lhe as lágrimas, sorriu-lhe, contou-lhe piadas, com o objectivo de a fazer rir, sonhou com ela, viveu com ela em apenas algumas horas. Aquilo tinha sido mais do que alguma vez tinha tido. Agora percebera o que era realmente a amizade, agora compreendia o que era amor, amor de amigo...amor, aquela palavra 'que tanta gente dá em troca de quase nada', porque esse quase nada era o tudo na sua vida, o tudo que a fazia sorrir e querer viver, o tudo que a fazia chorar.

Naquelas horas trocaram-se lágrima, sorrisos, gestos, olhares, promessas e no fim Diana desenhou um X em cima do coração de Carol.

-Porquê um X? - perguntou Carol.

-Porque um X significa o fecho de algo, e neste caso, é o fecho da nossa amizade, que garante que ela fique guardada, aqui. - disse apontando para o coração. - O que quer dizer que nunca te deixarei, estarei sempre contigo e a nossa amizade prevalecerá para sempre e continuará a crescer.

Diana sorriu enquanto as lágrimas lhe escorriam pelo rosto.

-Amo-te tanto Diana. Sempre, sempre? - disse Carol abraçando-a como nunca.

-Também te amo tanto Carol. Sim, sempre!


quarta-feira, 22 de junho de 2011

E como todos somos um livro em branco...

Se todos pensarmos um bocadinho, ou se simplesmente ficarmos apenas uns minutos sentados a pensar na nossa vida, percebemos que somos todos um livro em branco, branco em capa, branco em conteúdo, branco em imagens e em magia. Um livro que espera por ser pintado e escrito...e cujo os autores somo nós, nós que lhe damos um título, nós que idealizamos a história e que a vamos escrevendo, escrevendo e escrevendo, até chegarmos à conclusão de que nada do que escrevemos foi por nós idealizado, que todas aquelas palavras que imaginamos na nossa mente se transformaram em sonhos que esperamos concretizar, que nos esforçamos para acreditar que são possíveis e que os relembramos vezes sem conta para que o nosso espírito lutador nunca desista deles. Nós somos os autores, e o nosso espírito lutador e a nossa vontade de viver são apenas a tinta que nos ajuda a escrever, e que nos permite enganar-mo-nos e rescrever tudo de novo. É óbvio que corrector não apaga todas as borradas da nossa vida, nem todos os momentos que queremos esquecer, mas é isso que nos torna o que somos, bons ou maus, feios ou bonitos, não interessa, apenas nós.
 O objectivo desse livro, ao contrário do que muitos pensam, não é chegar ao final, mas sim desfrutar da leitura e da viagem que este nos fornece. 
Todos queremos escrever o nosso livro o mais rapidamente possível e o com o maior sucesso que conseguirmos, mas nem sempre é assim, infelizmente a vida nem sempre é a subir, nunca é sempre a subir, tem sempre os seus altos e baixos, sejam eles pequenos ou grandes e é por isso que a nossa vida é um livro, um enredo de personagens e situações, de momentos e sentimentos, de magia...a magia que nos dá força para continuar e para sorrir a tudo o que se erguem à nossa frente, ultrapassando os obstáculos que se erguem diante de nós, como um escritor que continua a escrever a sua história mesmo depois do borrão que acabou de fazer. 
Todos começamos com um livro branco, que se encherá de títulos, recordações, historias, momentos, personagens, sentimentos, desenhos, fotos, palavras, gestos, olhares ou apenas um suspiro.