segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A tristeza de 4 paredes.



Num dia de chuva, um menino encontra-se sentado, no tapete da sala, a olhar pela janela.
-Quero ir para casa..
-Mas tu estás em casa, estamos todos.
-Uma casa onde todos são ninguém, onde nos colocam para exposição.
-Alguém te virá buscar.
-Escolher-me-ão por ser bonito, inteligente, simpático..
-Não, porque gostarão de ti.
-E porque gostarão de mim? Se assim o fosse, se fosse por amor, optavam pela primeira criança que vissem assim que entrassem pela porta.
-Sim, mas..
-Escolheriam eles o seu próprio filho? E se eu fosse cego? Escolher-me-iam?
-Talvez..
-Mas, e se o seu filho fosse cego, descarta-lo-iam?
-Talvez não..
-Então porque nos escolhem? Porque não dão amor a qualquer um?
-Porque querem alguém com que se identifiquem..
-Mas quando têm filhos, muitos não se identificam com eles no futuro, porém têm-nos.
-Porque nasceram dessa união.
-Eu também nasci de uma união, porque não mereço tal carinho?
-Mereces, apenas não nasceste daquela união..


-Quero ir para casa..
-Mas tu estás em casa.
-O mundo é a minha casa, não estas 4 paredes.
-Não achas que é altura de me abandonares?
-Não, sei qual é a sensação, não o desejo a ninguém.
-Mas talvez esteja no momento de viveres no mundo real.
-Eu vivo, no meu real. É o que me basta para ser feliz.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Por nada feito me arrependo!

É perfeitamente normal nos sentirmos arrependidos ou envergonhados por algo que fazemos, que dizemos ou por alguma decisão que tomamos e que, por alguma razão, se tornou errada. Mais normal será nos martirizarmos e nos auto-condenarmos por um erro que cometemos. Mas e quando não o cometemos? O que fazemos quando não sabemos o que poderia ter acontecido? Arrependemo-nos de um erro que não cometemos e que poderia ter corrido bem, e, martirizamo-nos por não termos tentado. Consumimo-nos de tal modo que a curiosidade se apodera de nós: "E se eu tivesse tentado? O que teria acontecido? Teria resultado? Ou não teria?". Arrependemo-nos então por não termos sequer tentados. Jogamos pelo seguro e não arriscamos.
A verdade é que tomamos uma opção e por esse motivo perdemos algo...pois perdemos sempre algo a partir do momento que escolhemos 'este' o invés 'daquele'. Não podemos ter tudo, não é verdade? E se aquilo que poderíamos ter fosse melhor do que o que decidimos ter? É verdade, muitos 'ses'.
A vida é feita de 'ses' e não há volta a dar. Às vezes, até não nos arrependemos de termos decidido ter o que temos, porém, arrependemo-nos de não termos tentado ter o que poderíamos ter.
Se da Igreja fosse fã, diria: "Por nada feito me arrependo".

segunda-feira, 30 de abril de 2012

De costas viradas para o mundo.

Andamos sobre um mundo onde tudo o que interessa é o que se vê à sua frente. Julga-mo-nos pelas aparências e criamos uma imagem de cada pessoa que vemos, tão real que até as próprias pessoas acabam por viver nelas. Muitas vezes inconscientemente, vitimas de fracos olhares, difamações e boatos, acabam por encarnar na personagem que a sociedade resolveu criar. Colocam a sua vida nas mãos de outrem e deixam que este dite a sua história. Não precisam de muito, pequenas e curtas palavras bastam. "Anormal", "Gordo", "Burro", "Nerd", "Menino da mamã", "Fraco", palavras simples que habitam em qualquer dicionário e que estão ao alcance de todos. Não precisam de ser mal usadas, basta serem mal colocadas.
Causadoras de tristeza e angústia, não são as palavras as culpadas da dor que os invade, mas sim quem as pronuncia, pois ignorância é o que mostram quando se riem face a tremenda crueldade. Uma hipérbole talvez, mas para aqueles em que estas palavras têm consequências e acabam por influenciar negativamente a sua vida futura, é uma pequena palavra, que pouco chega para descrever o que durante longos anos passaram.
Dizem que para a frente é o caminho, mas a verdade é que "À beira de um precipício, a única maneira de avançar é dar um passo para trás". 
Muitas das vezes o nosso avanço é um passo para trás, porém nós não nos apercebemos. Estamos tão habituados a "olhar para a frente" que não observamos o que realmente nos rodeia. Talvez esse seja o nosso grande erro. Vivemos de costas viradas para o mundo.
Se de uma vez por todas deixássemos de olhar para o nosso umbigo e tentássemos compreender o que realmente nos rodeia, talvez o mundo não fosse tão como é, injusto, cruel, triste, monótono, frio, vazio, hipócrita, falso. Talvez se olhássemos para o estranho que nos sorri, para o mendigo que nos pede ajuda, talvez aí pudéssemos compreender algo sobre o mundo, algo realmente importante.
"Para quê fazer isso se ninguém o faz?" Todos perguntam o mesmo. Apenas digo que basta um rastilho e uma faísca para fazer uma bomba explodir. 
As coisas não se conquistam de uma vez, são graduais, difíceis e distantes. É necessário muito trabalho, esforço, dedicação, paixão, sacrifício, vontade e acima de tudo, espírito! 
Claro que para o Ser Humano isto é trabalho de mais. "Para quê levantar o rabo do sofá se há gente a fazê-lo por mim?" E sim, é este o nojo da nossa sociedade. 
Contra mim falo, porque muitas das vezes envergonho-me por pensar sequer na hipóteses de me manter incógnita, na comodidade, à espera que alguém lute por direitos que são meus.

Mas chegará o dia em que todos sofreremos de igual modo, aí vamos aprender a dar valor ao que temos e aperceber-mo-nos-emos que o melhor que temos é termo-nos uns aos outros. Aí a raça humana respeitar-se-à mutuamente e de igual modo.
É pena ser necessário chegar sempre a extremos para concluirmos o mais óbvio. Algo que sempre esteve à nossa frente mas que apenas estava tapado por tanto egoísmo e hipocrisia.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A minha casinha.

Queria ter uma casinha, uma casinha que fosse só minha. Com a minhas coisas, comigo e com quem eu mais queria, mas...só minha. Sem ninguém a chatear-me, apenas eu a escrever a minha história, a traçar o meu caminho. Com vista para o mar e com um sitio no telhado, onde pudesse ver o luar.
Depois, nela iriam entrar apenas as estrelas do meu céu, que estariam sempre lá, mesmo quando não estivessem. Com uma grafonola que me desse musica e que pusesse a lua a dançar ^^ era perfeito!
Sempre que quisesse, teria o meu cantinho, e nenhum estranho ou conhecido poderia interromper os meus momentos de paz. Ia estar no meu mundo. Um mundo pequeno para quem o vê, mas enorme para quem nele entra. 
Ia fazer imensas festas. Em honra de quem nunca ninguém conhece e que só eu conheci. Iria juntar alegria, amor, paz e fantasia, tudo numa só tigela, de depois serviria bolinhos entre todos. Seria feliz, a viver no meu mundo não cor-de-rosa, mas bastante longe do cinzento. 
As paredes ia estar preenchidas com sonhos e os candeeiros, seriam olhares a cuidar de mim. 
O ressonar do meu fiel amigo no fundo da cama, uma banda sonora espectacular enquanto se sente o calor de outra alma. Ahahaha, deixaremos a ironia de parte.
O abraço de cada noite e o beijo de todas as manhãs fariam de mim alguém feliz, o suficiente para o deixar viver no meu mundo não cor-de-rosa. 
Um 'bom dia' estridente a entrar pela casa e agora juntas, era o tempo de aproveitar..fossem 2 dias ou 2 anos, era sempre ao máximo.
À noite, procurava a calma no olhar da lua e no sorriso das estrelas, a grafonola tocava. Esta sim, é a banda sonora perfeita para o meu pensamento (:

quinta-feira, 15 de março de 2012

A clepsidra.

O tic-tac do relógio corria atrás do meu batimento cardíaco, uma dança descoordenada de sons e uma articulação aritmética e equitativa de batuques. Em movimentos pendulares o balanço do pêndulo fazia-se sentir na sala. Os ponteiros não paravam e quanto mais os ouvia, mais o meu coração acelerava. O bater da perna irrequieta da figura que se fixava na cadeira à minha frente era desesperante, uma aflição tanta, que o seu roer de unhas era um simples determinante. 
Tic-tac, tic-tac e continuava a acelerar, numa corrida de velocidade entre o tempo e a ansiedade. A mulher na secretária e o virar das folhas, cada contacto era perceptível: o molhar do dedo e o virar da página, o som do carvão e da tinta. Cai a borracha...a cadeira range no chão de madeira e o telefone começa a tocar. "Sim, boa tarde, consultório...", nem tempo havia para terminar, D. Ana, D. Rosa, nome de Madame talvez, em conversas de velhas, ligava apenas para fazer o tempo passar. Tempo...tão pouco tempo que parece tanto em momentos de aflição.
E o roer de unhas continuava. A porta que agora se abria era acompanhada com o som dos saltos de uma mulher, sons calmos completos de elegância, um aroma a verbana que pairava no ar, não o melhor cheiro definitivamente, mas agradável sem exagero. Devagar percorro aquela figura feminina dos pés à cabeça, num movimento calmo deixo de visualizar o chão e passo a observar aquela senhora. Saltos pretos, meias de vidro num tom neutro, numa estação primaveril a saia demonstrava-se demasiado quente, cinzenta e felpuda, a camisa, talvez de seda num cor-de-rosa morto, um casaco de cor preta, apoiado no braço, a condizer com os sapatos, braço este coberto de pulseiras de prata e pérolas, o pescoço presenciado por um conjunto de pérolas e na mão esquerda, uma pequena mala bege. O cabelo cor de fogo apagado, estava apanhado num coque, ornamentado com flores com um chapéu grande e elegante. Uma maquilhagem simples, olhos como duas safiras, brilhantes mas sem expressão, lábios vermelhos mas sem qualquer sorriso. Uma figura altiva, classe alta talvez? Como são as aparências enganadoras, moribunda e aterrada por dentro, esconde-se por de trás dessa fina aparência. Dirige-se ao balcão, um sussurro esconde a verdadeira questão, como que vergonha existisse naquela aparição. 
O ambiente é pesado e o ar da própria sala exerce força sobre nós, nem uma aragem, só o cheiro a tabáco, a verbana, a álcool, a medicamentos e a algo mais, um aroma de difícil percepção...mar, o cheiro a mar escondia-se no meio de cheiros demasiado intensos, uma fragrância pura demais para estar naquele espaço...de onde viria este cheiro? Percorri a sala com o olhar, flores campestres quase secas, armários de remédios, mas nada que indicasse a presença de elementos marítimos...a não ser...na pequena cómoda perto da janela, uma estrela do mar, de cores lindas e intensas, talvez as poucas daquela sala e, a seu lado, um clepsidra. Simples mas bela, deixou o meu olhar preso, hipnotizado com o dança da areia que nela existia. Os pequenos grãos que batiam no vidro eram como sons de libertação. No meio daquele mundo degradante, aquela era a porta de saída, um pequeno objecto que a muitos, antigo e inútil, passava despercebido, a mim fazia-me ficar agarrada a ele mais do que outra coisa. Perdida no encanto daquela ampulheta, acordei quando a secretária chamou o meu nome: "É a sua vez". Por minutos a ansiedade tinha diminuído, agora o meu coração parecia que saltava do meu peito. O homem sentado na cadeira olhou para mim com um ar de solidariedade, como se eu fosse para o campo de batalha e este me desejasse boa sorte.... Posso jurar por tudo, odeio ir ao dentista!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Living for the first time.

In the beginning you don't have nothing, you are alone, no friends, no soul, no pain, no love, nothing besides your body and your mind.
In the sky you see blue and white, in the nature you see green and you are wild, but when you see the men's society, is just black and grey. No colours, no feelings, no passion, no fun, just walking around without talking with anyone, just doing what people want you to do. So many fears, so many judgements, so many voices that say "NO" to you, so many faces that don't see you, so many gestures that don't exist. And now I ask: "But what do you want?" I don't know what I want but I'm looking for it...there is just a little problem, I'm looking for something that doesn't exist in this world. I don't know what it is, but I know it isn't here.
Look out the window, do you see anything? Yes? But is it something that you want? That you love? Is it your dream? No, because since you were born someone tels you that dreams are not the real life, and they are right, but dreaming is the only thing that keeps us alive. But then, if you look at the society, in dreams and love, we are losers!
So let's change that, let's dream, let's walk without a way, let's smile every day, let's sing out loud, let's run, let's do anything, let's listen the birds'singing, let's be someone...but not the society's someone, let's be the someone of somebody, because we are unique and we are always the one of someone.
Don't leave for the others, leave for you, for your dreams, for your wishses, for your world, for your sky, for your own star! Feel the win in your hair, smell te flowers, feel the breath of someone, listento his heart beat. Feel his hands in your body, every little touch is a feeling, every little kiss, every little smile, every eye contact, everything is a bless. It's easy to find someone to say 'I love you', but it's rare to find someone where this word is not empty...love...
So, in the end, everything matters, because your with someone who loves you and who is your happiness, even if it is only for a month or two.
I'm bless and I´m happy, I don't know if it's going to work or if it's going to end and I don't care. I'm living like it was the first time. In my head I'm free, in my mind I'm not alone, in my heart I'm loved, and that love is true.
Without trying to be rude, fuck them all, I'm going to be happy for me and you!

sexta-feira, 2 de março de 2012

"Se tu desistires, eles desistem também"




O mundo não foi criado só para nós, não temos o direito de o tornar nosso e de o destruir como estamos a fazer.
Uma acção faz a diferença e são com grãos de areia que se cria uma praia. Podemos ser grãos de areia, mas se nos juntar-mos, criamos uma praia!

A luta contra o aquecimento global é constante e mais difícil se torna quando os principais causadores deste grave problema somos nós.

Vamos lutar contra este crime, porque juntos somos um, um ser grande e forte, capaz de derrubar o que quer que seja e de ser ouvido.

"Se tu desistires, eles desistem também", porque não poupar tanto sofrimento?



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Tu


Espera um pouco por mim, não quero que vás. Gosto de te ter aqui ao meu lado, a segurar-me a mão, a sorrir para mim, a aturar os meus dramas, as minhas frustrações, as minhas pancadas, a dares-me beijinhos, a apoiares-me, a dares-me aquele abraço reconfortante....fazes-me sentir bem. A tua presença parece que melhora tudo... só a tua presença. A maneira como me atrais e me puxas para ti é incrivelmente estranha e fantástica, és cativante e o mistério que te ronda torna-te inexplicável e tentar encontrar um explicação para ti é dos maiores desafios

O teu 'eu' é cheio de defeitos, segundo o que dizes. Eu gosto das tuas virtudes e comecei a compreender os teus defeitos, eles tornam-te ainda mais especial. 
A tua magia é hipnotizante, os teu olhos prendem-me tanto e a vontade de ir é tão pouca. 
Adoro que sejas 'tu', mesmo que o teu 'eu' seja uma pessoa diferente em cada situação, com cada pessoa. Pois, eu acredito que comigo és 'tu'. Eu contigo sou 'eu', e sabes? Até gosto de o ser e a verdade é que aprendo mais contigo sobre mim do que nos meus 16 anos de vida.

A tua voz...podia dizer que me encanta, mas é mais que isso, adoro ouvir-te, fazes-me sentir em casa..Quando cantas não sinto a musica, sinto-te a ti...

Acho que não tens noção do valor que tens, não só para mim, para todos. Não posso falar pelos outros, mas para mim....acredita que és muito 'valioso'. Por acaso acho que esse é o teu maior defeito...demasiada modéstia. Ai rapaz, tu és muito mais, muito melhor do que pensas, do que todos pensam! Dá valor a ti próprio, dá-te o devido valor...eu dou..
Amor é sermos um, moldar-mo-nos à pessoa com quem estamos, mas nunca anular-mo-nos. Eu sinto que somos um..somos um nós (:


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

My little dream


I hate when I hate myself for something I didn't say! I hate when you leave just with a goodbye! I hate to be far of you! I hate miss you that much and can't even hug you! I hate don't be there! I hate the God who made this to us! But I love you so much...and I can't give up on you! You are my little dream...

'Make you feel my love'

Hoje a inspiração é pouca, mas a vontade e o pensamento são imensos...
...Só porque há dias em que desejamos ter dito algo mais simpático antes de vermos umas costas a virarem-se. (love you big little sister)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Amor


Dizem que o amor é lindo, que nos faz viver, dizem que o amor nos faz sonhar, que nos faz crescer. Mas qual é esta a definição de 'amor'? Poderá o amor existir de várias formas? Poderemos amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo? O que é o amor à primeira vista? Existirá realmente o verdadeiro amor?  Ou será que amor verdadeiro só em contos de fadas? Bem, não prometo responder a todas estas perguntas, mas prometo tentar ao máximo esclarecer todos estes pontos de interrogação.
Muita gente confunde o amor com a paixão e esse é o grande erro. A paixão é um estado de espírito, a primeira fase de uma relação. Quando há paixão, tudo é muito bonito, cada um se descobre a si e ao outro, cada um se testa, cada um se conhece. Na paixão o sentimento é intenso, a relação é mais física e o envolvimento emocional é pouco..ou o suficiente. A palavra amor é enunciada tantas vezes que perde o sentido para o qual foi criada, e um 'amo-te', algo grande, algo que não se diz por acaso, algo que deveria ser mágico, é completamente desvalorizado e torna-se apenas numa mera palavra. A tendência para se confundir amor com paixão é enorme e todos nós caímos nesse erro.
O amor já é algo mágico. O amor não é só paixão, não é só atracção física. É a união entre duas almas, entre dois seres, dois corações e duas consciências. É a vivência em conjunto e a amizade que crescem, suportando a paixão e completando-se com a confiança. Aprende-se a amar, mas não é algo que se ensine. Não pode ser algo forçado, não pode ser um sacrifício, tem de ser um investimento e uma alegria. Amar é aprender com o outro, conhecer os seus defeitos e virtudes, aceitá-los e aprender a moldar-se a eles, é confiar, crescer, sonhar, conviver, é conversar, brincar, não ter vergonha, é passar bons e maus momentos, é saber ultrapassar os problemas em conjunto, é conhecer, é ser um só... Mas não existe só um tipo de amor. Todos nós conhece-mos pelo menos um tipo de amor. O amor familiar, um exemplo com que (quase) todos nós nos identificamos: o amor de pai, de mãe, de irmãos, de avós...tudo isso é amor, não no mesmo conceito, mas é amor. E dou-vos ainda mais um exemplo, o amor de amizade. 'Amar um amigo?' - perguntam vocês. Estranho não é? Claro..porquê? Porque a sociedade nos incutiu que amor é só aquele das histórias encantadas, em que não precisamos de beijar imensos sapos para encontrar o nosso príncipe. Mas o amor é muito mais que isso... O amor de um(a) melhor amigo(a) é a melhor coisa do mundo! É incondicional, eterno, verdadeiro...ou pelo menos se for a pessoa certa, porque com todas as certezas vos digo, que se for a pessoa certa, essa é a pessoa com quem sabemos que vamos poder sempre contar! É tão simples como amar um namorado(a), a única diferença, para além da relação física, é que um(a) melhor amigo(a) é um irmão(ã).
Nunca acreditei no amor como uma conformidade e hábito a alguém, não me cabia na cabeça como é que uma pessoa conseguia estar 50 anos ao lado da mesma pessoa. E ainda me é difícil aceitar isso, porque para mim o 'Felizes para Sempre' só existe mesmo em contos de fadas, pois não é à 1ª, não é à 2ª, nem à 3ª que encontramos o nosso príncipe encantado, muito menos montado num cavalo branco.
O amor é uma luta constante, um sentimento irrefutável, não se pode controlar e não lhe podemos tomar as rédeas. Amar alguém não é crime e quem o julga é porque nunca teve a felicidade de amar.

É como o amor à primeira vista. Não existe tal coisa. Atracção? Sim. Quimica? Com certeza! Mas amor não. Não podemos amar uma pessoa que não conhecemos simplesmente porque é bonita os porque tem ar de ser alguém de confiança, é impossível. Se me perguntarem se já me aconteceu...atracção sim, amor não. Amor é algo que tem de ser genuíno, sincero. Tem de ser uma mistura de carinho e sedução, amizade e confiança. Amar não é para todos, mas está ao alcance de todos. Não o procurem e ele aparecerá...se tiverem tanta sorte como eu, serão as pessoas mais felizes deste mundo!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

No País das Maravilhas


No mundo do Peter Pan somos sempre crianças, ninguém cresce e ninguém tem de crescer.
No País das Maravilhas o espírito é louco, mas é esse o espírito que te faz viver. Lagartas fumadoras,cartas falantes, flores cantoras, sorrisos radiantes.

Voa a Sininho, sorri o Gato, até o coelho saltita com o seu requinho fato.
O Capitão Gancho vem para lutar, mas é claro, não há dúvidas, é o Peter Pan que vai ganhar! Tic-tac, tic-tac, faz o crocodilo a nadar...cuidado Capitão Gancho, bacalhau vais-te tornar. Não te fies nas sereias pois a inveja não é coisa pouca. Tem mas é calma com os Índios, com tanto 'ohohohoh' aquela malta fica rouca.


Oh Alice, mas será que não vais aprender? Já comeste tantos bombons, não vais parar de crescer!
E lá está o Chapeleiro louco, farto de beber chá, é às 3h, às 4 e às 5, aqui, ali e acolá.
E lá vem o pó de fada que nos faz voar, aproveita agora, é a tua oportunidade, no mundo dos adultos não vais ter muito tempo para sonhar.

Ups, a Rainha de Copas parece zangada, 'Cortem-lhe a cabeça', grita ela...fogo, está mesmo danada!
É o que eu digo, é melhor sonhar do que nada...mas felizes para sempre, só mesmo em Contos de Fada.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O meu avião


Construí um avião de papel. Peguei numa folha, comecei a dobra-la e criei um avião. Um avião que me leva onde eu quero, que me ajuda a fugir de tudo e começar algo novo no meu mundo. 
Nesse avião levo comigo apenas duas coisas: a 'Esperança' e o 'Amor'. Esses são quem me mantêm viva, os que me mantêm de pé, os que me permitem sonhar e os que me levantam quando caiu. Esses eu sei que vão estar aqui e não tenho medo de nada quando eles estão a meu lado.
Neste avião sou feliz..sou feliz com tudo e com nada, sou feliz com eles, sem mais ninguém. 
Chamam-me tola por ser feliz apenas com eles e acusam-me de pouco ambiciosa quando digo que é só deles que eu preciso. Dizem que este é apenas um avião, que não é o meu avião. 
O tempo passa, as pessoas mudam e para o mundo este é um avião, como muitos outros, que me levará ao meu destino. Mas eu gosto de acreditar que este é o meu avião, que este é o meu destino.
Verdade seja dita...de todos os aviões que tentei fazer, todos eles acabaram por cair a meio do caminho. Todos eles se tornaram demasiado fracos para enfrentar o vento que se debatia contra eles e por isso caíram... Por os ter tomado como meus aviões, acabei por me magoar

Agora sim, podem-me perguntar: 'Mas se já te magoaste com outros aviões por acreditares demasiado que eles eram os teus aviões, como tens tanta a certeza que este é o teu avião?' É simples: Não tenho
O meu coração diz-me que sim, mas o meu medo diz para não arriscar...qual deles deverei seguir? Na realidade estou farta de me reger pelo medo...que mal faz se arriscar em seguir o coração e voar? Voar com aqueles que mais amamos e que mais nos fazem falta? 
Bem, uma coisa é certa, corro o risco de me estatelar com o nariz no chão, mas prefiro pensar que este voo não vai terminar!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Constrói as tuas asas!



Queremos tanto ver o que não existe que deformamos tudo o que está à nossa volta. Ouvimos consoante o que nos interessa e tomamos atitudes que melhor nos convêm.
Agarra-mo-nos a algo que nos pode fazer voar e ser livres, porque na verdade somos tão fracos que não conseguimos criar as nossas próprias asas e voar sozinhos. Esquece-mo-nos assim que estamos a condicionar esse 'algo' a uma prisão eterna, escolhendo qual de nós merece a liberdade, optando por nós próprios.

Numa manhã, um menino passeava pelos jardins de sua casa, quando encontrou um pequeno passarinho no chão. Parecia ter caído do ninho e era tão novo que nem sequer voava. O menino pegou no pequeno animal e levou-o para casa. Tratou dele e criou-o como parte de si. Na inocência de uma criança, viveu a vida daquele animal como se fosse sua, optando pela sua felicidade e condicionando a liberdade deste Ser.

-Porque não o soltas? - perguntou um dia a sua mãe.
-Porque ele é feliz comigo! - respondeu o pequeno rapaz com todo o entusiasmo e certezas possíveis.
Sem se aperceber, o menino estava a impingir a sua própria felicidade ao passarinho, tomando as rédeas de ambas as vidas e conduzindo-as num único sentido. No fundo, aprisionou-o numa gaiola às suas costas e tentou torná-lo nas suas asas.

Não podemos culpá-lo, pois a culpa é única e exclusivamente da sociedade e da raça humana, que utiliza o maior dom que alguma vez lhe foi atribuído, da pior maneira: a racionalidade. Aproveita-se do poder que assume ter e cria uma hierarquia como lhe convém.

Que direito temos nós de optar pelos outros, de vivermos as suas vidas  ou de os condenar-mos a uma prisão eterna? Nenhum! O grande erro do Homem é mesmo esse... subestimar a sua própria ignorância. Pensamos que o passado não volta, mas como tudo, também isto é um ciclo e no dia em que o fim chegar ao inicio, todos se irão aperceber do mal que foi feito. Como sempre, tarde de mais!
A ganância é o pior defeito do Ser humano e o conformismo também, assim como o espírito de conseguir tudo pela maneira mais fácil. Burros são aqueles que pensam assim, porque o melhor de tudo nunca é o fim, mas sim sempre a viagem!

Na construção das nossas asas temos de nos dedicar com tudo o que somos, a luta é constante e a viagem é infinita. O sentimento de as termos por nosso próprio mérito é a felicidade eterna. Por esta razão é que o Mundo é governado por um bando de infelizes!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Accanto a me.



Mi has affascinato con tuo mistero, mi has attira con il tuo sorriso e mi has conquistato con la vostra sincerità. Ora, con la tua voce mi calma, con le tue mani  mi stringi i con tuoi baci tu mi consola. Il tuo sguardo mi incanta.
Onestamente, mi piace avere te al mio fianco! <3

sábado, 21 de janeiro de 2012

'Nós'


Há tempo que não pintava. Voltei a pintar. Há tempo que não escrevia. Voltei a escrever. Tiraram-me muito e o muito tornou-se no nada. Podem-me tirar tudo isso, mas não o meu conto de fada.
Sonho, vivo para sonhar e sonho para viver. Vivo o hoje sem arrependimentos. Sonho o amanhã com esperança. Tento não pensar no ontem pois para quê sofrer o passado se este já passou? Irei trazê-lo comigo sempre e deixarei que conheçam tal como fui, tal como sou.
Quero que me conheças, mais do que ninguém, quero-te conhecer e contigo ser alguém. Não quero contar o tempo, não quero criar metas, nomes ou definições. Somos 'nós', isso chega-me, desde que te chegue também.
Os teus olhos dizem mais do que queres, mais do que pensas..mostram-me porque gosto tanto de ti e dão-me razões para gostar mais ainda.
Pensa bem, vale a pena pensar em desilusões? Tão pouco tempo, tanto para viver. Experimenta sonhar comigo, prometo que não te vais arrepender.
Num mundo como este, poucos são o que podes confiar, mas eu estou aqui, estou a teu lado, comigo vais sempre poder contar.
Quero continuar a pintar. Quero continuar a escrever. Os meus sonhos dão-me vontade de lutar, tu das-me vontade de viver!

Mais do que um reflexo..


Na água turva, o meu reflexo é sujo e feio. Nele vejo o meu verdadeiro eu. Porquê olhar para esta água se não gosto do que vejo? Porque na realidade, aquela sou eu. 
Deixo os dogmas e abandono os pensamentos, as crenças, as opiniões. Irei pensar como se não o soubesse fazer, descobrir-me e perceber por mim se realmente vale a pena ser quem sou. Muitos opinam, muitos difamam, no fim, acabam sozinhos sem alma sequer. Sou quem sou, apesar de não o gostar de ser, mas sou eu e ninguém me pode julgar por isso. Vergonha é esconder-mo-nos por de trás dos erros dos outros, enaltecendo-nos em mentiras. Ser a pessoa que cá está dentro...é apenas ser  livre. 
Não devemos a ninguém se não dependermos de alguém. Do que vale estar sozinho se nem assim somos felizes.
Refugiu-me no medo e deixo que ele me controle, tentando não me envolver com ninguém perco o brilho dos meus olhos. Fazê-los brilhar era coisa rara, pois o teu brilho ofuscava-os. 
Deixei-te e tornei-me feliz, entreguei-me e prendi-me outra vez. Novas desilusões, novas tristezas...mas muitos momentos felizes, muitos sorrisos, muitos olhares e muitos sonhos. 
Desisti de ti e investi no meu alguém. Esse sim, merecedor de mim e de todo o amor que de mim tem.
Sei que este vai ser para sempre e sempre é sempre, sem interrupções pelo meio.
Uma porta fecha-se, logo outra se abre, cabe-te a ti escolher se perdes tempo a abrir a que se fechou ou entras sem medo na que se abriu.
Agora a água parece cristal, límpida, pura, sem medos, sem rejeições, sem ti a meu lado, sem discussões. A mão que agora me agarra não mais me soltará, sei que não é certo, mas sei que me amará!