quarta-feira, 20 de julho de 2011

Rapsódia de cores..

Mergulhei no teu mundo e descobri uma quantidade de cores que não imaginava que existissem. Todas elas me sorriam e transmitiam uma sensação de calor. Aquela sensação de protecção e de carinho que uma mãe nos dá, uma amiga, um namorado...aquela sensação que enquanto a temos desejamos que não acabe e que depois desta acabar, desejamos voltar a tê-la. 
Tudo o que se passava nele me lembrava apenas uma coisa...o fundo do mar. Aquele que eu tanto medo tenho e que por ter tanto pânico, cada vês me fascina mais e me torna mais curiosa em conhecê-lo. Assim como tu.
Uma rapsódia de cores e movimentos, onde todos são um e onde apenas um pode fazer a diferença. 
O azul tão presente nesse mundo torna-te uniforme por fora, pois preenche todas as mossas e esconde aquela pessoa que é tão maravilhosa e que poucos conhecem. Todos te vêem com apenas uma cor. Eu antes via-te com azul, uma cor que me fazia lembrar o céu, os sonhos, a calma, o infinito, o 'não ter limites'..agora vejo-te colorido, porque descobri-te, a ti mesmo, não à mascara que todos os outros pensam conhecer.
O melhor disto tudo é que consegui mudar-te de alguma maneira..não no mau sentido, porque na verdade eu não pretendia mudar-te, apenas encaminhar-te, só que agora não estou aí e apercebo-me que escolhes o caminho errado. Não sei o que fazer. Contigo tudo parece irreal, e voltar à nossa história magoa-me, mas é a única maneira de te ajudar. Marcaste, mas passou. Tento repeti-lo para mim, na esperança de me convencer a mim própria que o que digo é realmente verdade, mas não me consigo soltar e nunca conseguirei...porque afinal, o primeiro amor nunca se esquece. 
Sempre foste um dos meus melhores amigos, peço-te que me oiças.
Continua a ser o enorme e tão colorido oceano que eu via em ti, não deixes que este desapareça, não sejas aquele que todos vêem, sê aquele que queres ser.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Foge comigo

Tu que és um estranho e desconheces a minha identidade, parte na aventura de me conheceres, compra um bilhete de avião de ida comigo e foge. Corre o mundo à minha procura e persegue-me até mais não, voa em céus infinitos, percorre terras inacabáveis e navega oceanos intermináveis. Procura-me, ganha forças para tal, seja quem tu fores aparece sem aviso e bate-me à porta, de malas feitas, beija-me e diz-me 'quero ficar contigo', sê honesto, sê sincero, respeita-me a cima de tudo e não deixes morrer a paixão. Sê querido mas não demais, sê tu e conquista-me. Cavalga até mim, mas por favor, não num cavalo branco, é simplesmente comum de mais. Sê herói e vilão, salva e põe em perigo, sê humano, porque alguém perfeito é demasiado monótono, pelo menos nos requisitos de perfeição de todos os outros. Sê diferente mas ligeiramente igual, sê único à tua maneira e descobre a magia que dança em volta de nós. Aquece-me o coração e arrefece-me a cabeça, cuida de mim. Olha-me nos olhos e diz que sentiste a minha falta, como se já nos conhecesse-mos há tempos, diz que me amas ou que me podes vir a amar.
Admite que o melhor é o desconhecido, mas também o mais assustador. Chama-me doida por querer ser e fazer tudo nesta vida, acusa-me de ser parva por não o fazer, mas foge comigo.

domingo, 17 de julho de 2011

Porque eu vou estar sempre aqui.


Para os que fizeram, fazem e venham a fazer parte da minha vida, obrigada, porque eu sei que vão estar sempre aqui, como também eu estarei. Melhor amiga, obrigada <x3

Cresce..mas mantêm o espírito

Quando crescemos e chegamos a uma certa idade, todos dizem para nos comportarmos como crescidos, porque já temos idade para isso. Mas então eu pergunto, desde quando é que são apenas algarismos que ditam a nossa vida? Que eu saiba não são eles que nos caracterizam. Mas porquê crescer? Crescemos em corpo, crescemos em mentalidade, mas e de espírito? Porque nos pedem para crescer? Nós já somos crescidos o suficiente, porque nos pedem para abandonar a nossa infância e o nosso mundo coberto de cores para passarmos a viver no deles, cinzento e sem verdadeiros sentimentos? Qual é o mal de não crescermos? Se crescemos em espírito torna-mo-nos chatos, cansados, sem paciência, apenas mais um a viver na monotonia. 
Quando passeio na rua vejo adultos e crianças, estas correm, gritam, rebolam-se pela relva, estatelam-se no chão, saltam, riem, choram, vivem no seu mundo que poucos conhecem mas que todos podem entrar, são felizes à sua maneira, mas quando olho para os adultos vejo-os medir as palavras, os actos, os gesto, vejo-os tentarem não fazer figuras e não passar vergonhas, vejo-os calados e a falar num sussurro, vejo-os a andar quase como mecanizados, vejo-os infelizes...
Não percebo qual é o mal de de vez em quando, já nem digo sempre, evocar-mos a nossa criança interior. Tantas vezes que me apetece andar descalça e sentir a relva nos pés, de andar de baloiço, de correr estrada fora sem saber onde vou dar, de gritar ao mundo que amo aquela pessoa, de cantar alto, de dançar no meio da rua, de dizer olá a todos os desconhecidos que por mim passam...mas só me dizem 'Maria Inês, comporta-te'. Como querem que cresça e que respeite o que me foi incutido se nunca se deram ao trabalho de tentar pelo menos conhecer o meu mundo? No meu mundo todos somos livres, todos podemos fazer o que nos apetecer e está aberto a todos, apenas têm de me tentar conhecer e merecer por isso.
E então grita, corre, salta, faz o que outros dizem ser vergonhoso (com limites, claro), voa à tua maneira, viaja por países, por mundos, pinta com as mão e lixa-te para os pincéis, escreve com caneta, esborrata e volta a tentar, constrói aviões de papel e atira-os da janela, avança contra as ondas vestida, anda de patins dentro de casa, atira-te dum avião e faz queda livre, põe musica aos altos berros e liberta-te, grita da janela que o mundo é teu, sobe ao terraço e sente-te livre, parte pratos para afastar a frustração, queima papel para te acalmares, abraça quem te apetecer, beija quem tiveres de beijar, anda à chuva sem o medo de te constipares, caga para o que os outros pensam e faz o que tu queres...resumindo, luta, tenta, esforça-te e faz tudo o que tenhas para fazer enquanto podes, sê feliz porque a felicidade não é para todos, só para quem a procura!

sábado, 16 de julho de 2011

Estás mais perto do que pensas*



E quando estiveres sozinha, fala com as estrelas, com a lua, e eu estarei do outro lado a ouvir-te, porque a coisa que todos temos em comum é o céu, e todos estamos mais perto do que pensamos (:

A despedida.

Doeu...doeu muito ver-te ir, doeu ver-te chorar compulsivamente nos ombros de outras pessoas e no meu, doeu aquele abraço, aquele abraço que desejei que nunca acabasse, doeu aquele x que desenhaste no meu coração, doeu, doeu muito, mas estive contigo e isso foi o melhor de tudo, saber que me querias lá, saber que estive lá no  pior momento de todos...a despedida.
Doeu ver a tua mãe a remoer-se por dentro com um ar de culpa, doeu ver o teu irmão a afastar-se daquilo tudo...mas pior que isso, doeu ver-te a ti, perdida em lágrimas, completamente desesperada e assustada. Não podia fazer nada, só queria chorar e abraçar-te e sentia-me tão impotente ali e já tão só, sabendo que não estarás cá para me abraçar. Mas...fiquei feliz sabes? Fiquei feliz porque percebi que tens amigos que gostam realmente de ti, uma enorme comitiva que esteve ali contigo a amparar-te e a despedir-se, um grupo de amigos que eu tenho a certeza que não perderás.
Como tu disseste, foi doloroso, mas foi importante para mim, foi importante para mim saber que me escolheste para ultimo, que me abraçaste em ultimo, como se fosse a ultima pessoa que te abraçava e que o abraço lá ficava, porque os últimos são sempre os primeiros e eu senti-me assim, importante. 
Sei que foi muito doloroso para ti, tanto que nem te viraste para trás quando te foste embora. Eu senti a tua dor e só quero que saibas que vou estar aqui.
Sei que vais conseguir ser feliz, com a ajuda de todos, o apoio do teu irmão, da tua mãe, dos teus tios, dos teus amigos e sobretudo de mim, vais conseguir superar esta fase e habituares-te. 
Pensa para cima e olha em frente, todos estão aqui contigo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Com esperança...Até logo.

Aquela mão que percorria os traços do meu rosto fazia-o com a maior delicadeza, quase como se eu fosse de cristal. Os teus olhos agarravam-se cada vez mais a mim, num olhar de tristeza e medo. O teu cabelo estendido ao longo da almofada sussurrava carinho. A tua respiração pedia ajuda e debatia-se contra o choro. E tudo em ti desejava que aquilo fosse apenas um pesadelo. 
Um silêncio por vezes diz muito, mau ou bom, diz muito, e podemos dizer que os nossos silêncios são preciosos. Basta um olhar para percebermos que ambas temos medo, que ambas desejamos ficar, que ambas estamos perdidas, que ambas queremos chorar, que ambas nos amamos. 
Falo por mim, uma voz só no meio de um sussurro infinito, a voz que é tua por direito e será sempre. Uma voz que diz que te ama, que és o seu orgulho, que és simplesmente tudo, a sua princesa, o seu anjo da guarda, o seu mundo, que garante e promete que nunca te deixará e que cumprirá tudo o que prometeu. 
Assim como a noite sem a lua e as estrelas seria só, escura, feia, essa voz sem ti seria o mesmo. 
Agora que nos impõem esta barreira só temos de a derrubar, de mãos dadas, como uma só, uma alma, um sorriso, uma lágrima, um abraço, um olhar, pois isso basta-nos para ser-mos uma.
Neste mundo todos são estranhos, todos são frios, todos são alguém. Nós somos nós, orgulhosas por passar-mos despercebidas e ser-mos ninguém, porque ninguém é perfeito e tu és simplesmente perfeita.
Encontrei-te enquanto uma guerra eclodia dentro de mim. Num momento era apenas um alguém que ninguém via e noutro, olhei em frente e aquela luz sorria-me, calorosa e familiar, vinda de não sei de onde...aquela luz eras tu, que em segundos me pôs em paz e iluminou o meu coração. Agora iluminas o meu caminho, guias-me, proteges-me. 
O bater do teu coração anuncia a tua chegada, garante a tua presença e acalma em minha protecção. Esse som é o som das estrelas, aquele que me faz lembrar de não me esquecer de todos os pp's, aquele que silencia o meu medo e acalma o meu pânico de te perder. Aquele que agora me encoraja em não ter medo de te desiludir, aquele que me garante que não és como todos os outros, aquele que me acorda quando eu penso o contrario.
O brilho dos teus olhos reflecte tudo o que admiro...tu. As estrelas consolam-me quando não o posso ver, e sussurram-me aquele bater de coração que tanto me acalma. O vento solta uma brisa relembrando-me do teu cheiro. A chuva lembra-me as lágrimas que derramaste não só por mim, mas por tudo e todos, essas lágrimas que se tingiram na noite e se tornaram em suspiros.
Os vídeos fazem-me soltar risadas intermináveis e sorrisos inacabáveis. 
Deixaste um pouco de ti em tudo o que percorreste e em mim, foi uma grande parte. Continuarás a marcar e a fazer-me mossas que são tão importantes quanto tudo e isso é o que me deixa mais feliz, porque nunca iremos ter um ponto final, apenas virgulas, e faremos de tudo para prosseguir com o tal texto corrido.
Pois isto não é um adeus, não é uma despedida...é apenas um até já.
Porque para sempre é para sempre, sem interrupções a meio.
Amo-te.
Sempre, Sempre?
Sim, Sempre!     

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Perdoo-te

Eu perdoo-te. Perdoo-te porque errar é humano, perdoo-te porque em tempos foste um alguém muito importante na minha vida e guardo a esperança de que o venhas a voltar a ser. Perdoo-te correndo o risco de cometer mais um estúpido erro de te perdoar. Perdoo-te porque não sou como tu. Perdoo-te porque sei que se não perdoasse viveria a pensar no que teria acontecido se o tivesse feito. Perdoo-te pela última vez, pois já não tenho dedos para contar as vezes que erraste comigo, que desististe de mim, perdoo-te porque para a próxima não quero nem voltar a ver-te!

Pontos..

Um círculo é apenas uma linha recta que não saí do sitio, que não ambiciona nada e se deixa levar em voltas e voltas sem se aperceber de que irá dar sempre ao mesmo, unindo-se sempre naquele exacto local. Tu és um círculo. Antes não...antes eras uma linha recta, sem inicio, sem fim, apenas com um percurso pelo meio, cheio de histórias para me contares e com os teus braços prontos para me aconchegares. Agora não, agora és um círculo monótono e sempre igual, atrás do que lhe dizem, atrás de quem te desenha e te faz depender dele. Talvez antes também fosses um círculo. Talvez não tenhas sido tu a mudar, talvez tenha sido eu a perceber que uma linha recta é apenas um conjunto de pontos que não conseguem suportar um simples desenho.