segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A primeira vez depois de muitas..

Aquela tarde em tua casa, uma tarde que a inicio parecia ser como qualquer outra, sentados no sofá a ver um filme, aos empurrões e com brincadeiras, a atirar pipocas um ao outro e com beijos suaves pelo meio, tudo indicava ser uma tarde como as outras. Mas desta vez, não estava ninguém em casa, era-mos apenas tu e eu..
O filme era assustador, e a certa altura foi mais forte do que eu...nunca tinha-mos tido uma relação de muitos afectos, mas naquele momento não consegui evitar, agarrei-me a ti como nunca e tu, surpreso, não fugiste como eu esperava, suspiraste e puseste os braços em volta de mim. Soube tão bem..em 3 meses de namoro, aquela parecia ser a primeira vez que me abraçavas. O bater do teu coração era intenso e o teu calor corporal confortava-me. Deste-me um beijo na cabeça, algo que nunca tinhas feito, e soube melhor do que qualquer outro beijo que me tivesses dado..aquele beijo não era apenas um beijo de um gajo pronto a comer a namorada, não, aquele beijo era carinhoso, e despertava em mim emoções e pensamentos que nunca tinha tido.
Foi então que a tua mão desceu pelo meu braço e agarrou a minha, entrelaçando os teus dedos nos meus, nunca o tinhas feito, e parecia tão mágico.
Viraste-te para mim e beijaste-me, com tanto fervor, com tanta paixão, como se fosse a ultima vez que nos beijássemos, e levantaste-te em seguida. Procurei o teu olhar mas não o encontrei, estavas de costas para mim, levantei-me e fui ter contigo, pus as mãos à tua volta. 'Não sei o que me está a acontecer', foi o que me disseste, gelei sem saber o que fazer e afastei-me quando tu tiraste os meus braços de teu redor. Viraste-te, agarraste-me na cara com as duas mãos, 'Amo-te'. Nunca me tinhas dito tal coisa. Os meus olhos iluminaram-se e o meu coração acelerou. Não conseguia pensar em nada, queria dizer que te amava mas não queria que soasse a retribuição, segui o instinto e beijei-te como nunca. Retribuíste e em segundos estávamos enrolados. Não era a primeira vez, mas as tuas mãos percorriam o meu corpo como nunca haviam feito, os teus lábios beijavam-me como nunca, tudo parecia perfeito. Daquela vez não estávamos apenas a fazer sexo, fazíamos amor...e tudo em ti o ditava. Eras intenso no que fazias e suave ao mesmo tempo, apaixonante e cada gesto parecia uma declaração de amor. Tudo era diferente das outras vezes, desta vez senti que tinha um namorado, e não apenas um gajo com quem ia para a cama quando me apetecia.
No fim, encostaste-te a mim e entrelaçaste de novo os teus dedos nos meus. 'Amo-te' consegui finalmente dizer. 
'Pensava que eras apenas uma miúda, enganei-me, és a minha miúda', disseste-me olhando-me nos olhos. Aproximaste-te do meu ouvido e sussurraste-me 'Quero passar o resto da minha vida a teu lado'. 

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