sexta-feira, 15 de julho de 2011

Com esperança...Até logo.

Aquela mão que percorria os traços do meu rosto fazia-o com a maior delicadeza, quase como se eu fosse de cristal. Os teus olhos agarravam-se cada vez mais a mim, num olhar de tristeza e medo. O teu cabelo estendido ao longo da almofada sussurrava carinho. A tua respiração pedia ajuda e debatia-se contra o choro. E tudo em ti desejava que aquilo fosse apenas um pesadelo. 
Um silêncio por vezes diz muito, mau ou bom, diz muito, e podemos dizer que os nossos silêncios são preciosos. Basta um olhar para percebermos que ambas temos medo, que ambas desejamos ficar, que ambas estamos perdidas, que ambas queremos chorar, que ambas nos amamos. 
Falo por mim, uma voz só no meio de um sussurro infinito, a voz que é tua por direito e será sempre. Uma voz que diz que te ama, que és o seu orgulho, que és simplesmente tudo, a sua princesa, o seu anjo da guarda, o seu mundo, que garante e promete que nunca te deixará e que cumprirá tudo o que prometeu. 
Assim como a noite sem a lua e as estrelas seria só, escura, feia, essa voz sem ti seria o mesmo. 
Agora que nos impõem esta barreira só temos de a derrubar, de mãos dadas, como uma só, uma alma, um sorriso, uma lágrima, um abraço, um olhar, pois isso basta-nos para ser-mos uma.
Neste mundo todos são estranhos, todos são frios, todos são alguém. Nós somos nós, orgulhosas por passar-mos despercebidas e ser-mos ninguém, porque ninguém é perfeito e tu és simplesmente perfeita.
Encontrei-te enquanto uma guerra eclodia dentro de mim. Num momento era apenas um alguém que ninguém via e noutro, olhei em frente e aquela luz sorria-me, calorosa e familiar, vinda de não sei de onde...aquela luz eras tu, que em segundos me pôs em paz e iluminou o meu coração. Agora iluminas o meu caminho, guias-me, proteges-me. 
O bater do teu coração anuncia a tua chegada, garante a tua presença e acalma em minha protecção. Esse som é o som das estrelas, aquele que me faz lembrar de não me esquecer de todos os pp's, aquele que silencia o meu medo e acalma o meu pânico de te perder. Aquele que agora me encoraja em não ter medo de te desiludir, aquele que me garante que não és como todos os outros, aquele que me acorda quando eu penso o contrario.
O brilho dos teus olhos reflecte tudo o que admiro...tu. As estrelas consolam-me quando não o posso ver, e sussurram-me aquele bater de coração que tanto me acalma. O vento solta uma brisa relembrando-me do teu cheiro. A chuva lembra-me as lágrimas que derramaste não só por mim, mas por tudo e todos, essas lágrimas que se tingiram na noite e se tornaram em suspiros.
Os vídeos fazem-me soltar risadas intermináveis e sorrisos inacabáveis. 
Deixaste um pouco de ti em tudo o que percorreste e em mim, foi uma grande parte. Continuarás a marcar e a fazer-me mossas que são tão importantes quanto tudo e isso é o que me deixa mais feliz, porque nunca iremos ter um ponto final, apenas virgulas, e faremos de tudo para prosseguir com o tal texto corrido.
Pois isto não é um adeus, não é uma despedida...é apenas um até já.
Porque para sempre é para sempre, sem interrupções a meio.
Amo-te.
Sempre, Sempre?
Sim, Sempre!     

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